(...) Conheci a sua fúria pela primeira vez nos balneários do Estádio do Restelo, situação que me pôs a abrir o jornal da RTP2, então apresentado pela Manuela Moura Guedes. Logo a seguir, o então presidente do Belenenses, Mário Rosa Freire, denunciou a presença de seguranças do FC Porto no Restelo com metralhadoras nos porta-bagagens dos automóveis. Confesso que não as vi mas confirmo: levitei um bocadinho ali para os lados de Belém. (Eugénio Queirós, Record, 4 Abril 2013)
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PINTO DA COSTA, 31 ANOS DE EXEMPLAR VALENTIA
1988 Novembro, 20
Apesar da sua avançada idade, Carlos Pinhão é barbaramente agredido em Aveiro, depois de jogo Beira Mar-FCP, por elementos ligados ao FCP. O processo judicial acabará por ser arquivado por "falta de provas".
No mesmo dia, Martins Morim, do mesmo jornal, é também alvo da fúria dos adeptos do clube da cidade invicta. Entre os agressores destacava-se Tónio Maluco, conhecido adepto portista. O guarda Abel diz aos jornalistas que «era melhor do que cair por uma ribanceira».
1989 Março, 5
Eugénio Queirós, jornalista do Correio da Manhã/Record, é agredido no Estádio do Restelo por seguranças de Pinto da Costa, que o empurram violentamente para fora do corredor de acesso à cabine do FC Porto. O jornalista ainda apresenta queixa na PJ mas acaba arquivada por "não se conseguir identificar os agressores".
Setembro, 24
João Freitas, jornalista de A Bola, é agredido barbaramente perto dos balneários do Estádio das Antas. Foi assistido no Hospital de Santo António e identificou Vergílio Jesus e um tal Armando entre os agressores. A queixa foi arquivada porque a testemunha principal, o agente da PSP Oliveira Pinto, disse que não se lembrava de nada.
1990 Outubro, 24
José Saraiva, chefe de redacção do Jornal de Notícias, é agredido à porta de casa por dois indivíduos. O JN tinha publicado uma notícia envolvendo Pinto da Costa no famoso caso "Aveirogate". Nunca chegou a haver queixa judicial.
1992 Setembro, 1
António Paulino, jornalista do Expresso é agredido à porta do seu jornal na redacção do Porto, segundo o próprio, por Pinto da Costa, o filho e Joaquim Pinheiro. Tudo acontece porque queriam sabem que teria sido o jornalista responsável pela notícia sobre um processo de Alexandre Pinto da Costa.
1994 Dezembro, 11
Marinho Neves, jornalista da Gazeta dos Desportos e autor do livro sobre corrupção na arbitragem "Golde de Estádio" é alvo de uma emboscada à porta de casa por dois indivíduos. Processo judicial vem a ser arquivado na PJ do do Porto por "falta de provas", apesar de haver cinco testemunhas que nunca foram ouvidas e de a queixa se fazer acompanhar com uma fotografia dos agressores
1995 Março, 5
No intervalo de um FC Porto-Benfica, José Pratas, o árbitro do encontro, é insultado e agredido no balneário. Quando volta ao terreno de jogo faz uma arbitragem absolutamente vergonhosa, beneficiando claramente a equipa da casa. O FCPorto vence o jogo por 2-1.
2002
Rui Rio, Presidente da CM do Porto denuncia um eventual favorecimento político do anterior camarário em torno da construção do novo Estádio do FCP.
Março
Rui Rio é escoltado pela Policia, em causa uma manifestação dos portistas contra a suspensão das obras do Estádio.
2005 Janeiro, 25
Ricardo Bexiga, vereador do PS da CM de Gondomar é violentamente agredido no Parque de Estacionamento por dois indivíduos encapuzados, contratados pela ex-namorada de Pinto da Costa, Carolina Salgado. (ver o vídeo do post)
JOÃO SANTOS: "MOSTRAVAM METRALHADORAS"
João Santos, antigo presidente do Benfica, relembra o episódio das ameaças de morte perpetradas pelo guarda Abel.
“Estava em representação do clube na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais do Salgueiros. Logo no início do acto, entra na sala um indivíduo o guarda Abel, que começa a injuriar-me. ameaçando-me de morte. Acho que o fez porque nós denunciávamos frequentemente algumas práticas menos claras que ele e o seu grupo cometiam. Ele estava nitidamente embriagado, ou pelo menos actuava como tal. Lá o convenceram a sair da sala, mas fê-lo a custo e sempre a ameaçar-me de morte”.
João Santos garante ainda que nas deslocações a Lisboa, o grupo do guarda Abel “mostrava as metralhadoras que escondia debaixo das gabardinas, para intimidar. Segundo sei, eram armas da polícia, requisitadas à sexta-feira, antes dos jogos, e devolvidas na segunda-feira. Infelizmente, o processo sobre este caso não teve seguimento, pois o ministro da tutela de então parece que o guardou na gaveta. Razões políticas...”
HERNÂNI GONÇALVES: "O BALNEÁRIO É UM SANTUÁRIO"
“O guarda Abel é um polícia muito competente e um portista ferrenho, do qual tenho o prazer de ser amigo. Há uns anos, em Alvalade, houve um diferendo entre o Branco e um jogador do Sporting. A polícia quis entrar no balneário e ele disse-lhes: “Alto que aqui ninguém entra. Isto é um santuário fora da autoridade policial”. E eles não entraram”.
Ah! VALENTES (mafiosos)!
Resumo completo em:
O Túnel da Madalena (30 anos de corrupção)