Paulo de Carvalho, interprete da canção que serviu de primeira senha à revolução dos cravos, é mais um benfiquista (como Salgueiro Maia e outros) a ficar ligado à instauração da democracia em Portugal. Esta manhã, abriu as cerimónias na Assembleia da República interpretando "E Depois do Adeus", um dos temas emblemáticos do 25 Abril de 1974.
ARREPIANTE.!!!
Passados 38 anos do fim da ditadura, vale a pena recordar as palavras do sportinguista Alfredo Barroso, sobre o Benfica a democracia e o Estado Novo. (in Record Maio2000)
«Nos tempos da outra senhora, o Sport Lisboa e Benfica chegou a ser considerado como uma referência democrática, um oásis onde coexistiam vozes de todas as origens políticas e em que algumas figuras notórias da oposição ao Estado Novo chegaram a ser membros dos órgãos sociais do clube.
Digo isto com tanto mais admiração e à vontade, quanto é certo que sempre fui adepto do Sporting Clube de Portugal, o qual, pelo contrário, era conhecido pelas suas notórias ligações ao Estado Novo e foi quase sempre dirigido por figuras mais ou menos proeminentes da extrema-direita do regime salazarista. Para grande desespero de alguns adeptos como eu que, por carolice ou amor à camisola, nunca viraram a casaca, apesar dos dichotes e bicadas (mais que justas) de muitos adeptos do Benfica»